O Marketing, como qualquer área da atividade humana, passa por desafios e  transformações. 

E o próprio  Marketing, frequentemente, tem sido elemento propulsor dessas mudanças, alimentando-as e refletindo-as, num movimento de interdependência. Diante disso, quais seriam, atualmente,  os principais desafios do Marketing? 

 Identificar as reais fontes de valor e crescimento para cada negócio

É preciso estabelecer um foco, delimitando alvos que trarão retorno efetivo, pois é impossível que um produto/serviço interesse a todas as pessoas.

Assim, o Marketing precisa responder às questões: quem seria o potencial consumidor daquilo que se oferece? Para quem esse produto/serviço significaria a solução de um problema? 

E, no caso de novo empreendimento: qual seria uma necessidade existente na sociedade, ou em um grupo específico, e que poderia ser suprida com a obtenção desse produto/serviço? 

Isso posto, é preciso direcionar as estratégias ao perfil desse potencial cliente. 

 Quais são os limites das funções do Marketing?

Hoje , as atribuições do Marketing se misturam e se confundem com as de  outras áreas. Empresas  colocam o Marketing à frente de múltiplas tarefas, sob responsabilidade de equipes de TI, por exemplo.

Nesse caso,  a remodelação de papéis muda o equilíbrio de poder e a relação entre os setores.  Para o  Marketing, isso representa um ganho:

  • Os profissionais estariam preparados para assumir essas novas tarefas?
  • Quais seriam as consequências a médio e longo prazo? 
  • A formação de novos profissionais contempla esse leque de possibilidades? 
  • Como solucionar conflitos num contexto em que uma área parece “invadir” a outra? 

Como dominar a tecnologia que atenda à corporação moderna?

É necessário adotar uma perspectiva abrangente acerca das tecnologias, além do domínio de alguns programas, modelos e plataformas; entender como a tecnologia impacta em questões vitais para as organizações.

Como vantagem competitiva futura e  mudança nos formatos de negócios, todas as áreas vivenciam  migração de serviços para o contexto digital, da qual os negócios do futuro serão cada vez mais dependentes.

Na saúde, por exemplo, há um crescimento da telemedicina, que exige diferentes recursos  do Marketing, o consumidor hoje detém informações privilegiadas , com as mídias digitais a seu favor. 

Também a concorrência dispõe dessas ferramentas, o que intensifica a competitividade. Cabe ao Marketing estar passos à frente, prevendo e assimilando ferramentas emergentes, que despontam a todo instante.

Ganha espaço quem consegue conhecê-las, selecioná-las e utilizá-las com competência e versatilidade, olhando para cada negócio de modo diferenciado.

 A necessidade de produzir insights para direcionar as práticas no Marketing

Em termos simples, “insight” significa a percepção do novo, um momento de “iluminação”, especialmente no que se refere àquilo que pode gerar engajamento dos potenciais clientes.      

Todas as grandes campanhas de Marketing, tradicionais ou digitais, nasceram de insights de seus criadores. Mas seria o insight uma mágica, propriedade divina concedida,  que resolve qualquer situação? A resposta é não!

É preciso que essa ideia criativa seja aprofundada, que tenha sua viabilidade analisada, que passe por profissionais preparados para dar-lhe  uma materialidade, torná-la concreta e interessante aos receptores.

Gerar constantes insights é um desafio gigante, num mundo em que milhares de dados e referências são produzidos a cada instante. Aí pesa a leitura de mundo do profissional, sua formação acadêmica e pessoal e seu  constante aperfeiçoamento. 

Como atuar em um mundo Omnichannel  

O mundo de hoje  apresenta  várias realidades superpostas e simultâneas, em meio às quais é preciso achar o potencial cliente, aposta-se alto em tecnologia, em ferramentas pensadas para o mundo virtual. 

No entanto,  ainda há um público que pensa e consome analogicamente, tanto por parte dos empreendedores (especialmente de pequenos negócios) como dos clientes.

Portanto,  trabalhar numa perspectiva  Omnichannel é elaborar estratégias que integrem diferentes canais de divulgação e comunicação. 

A mesma marca pode ter lojas físicas, lojas virtuais, aplicativos, páginas nas redes sociais e estandes em eventos de sua área de atuação. 

E cabe ao Marketing unificar esses elementos, inserindo-lhes aquilo que personaliza a marca e,  ao mesmo tempo, atentar às especificidades de cada canal. 

A competitividade em mercados globais e dinâmicos

A competitividade se acelera em níveis nunca antes experimentados. Novos recursos surgem e se estabelecem como mediadores dessa competição acirrada.

O marketing “baseado em localização” dos clientes, por exemplo,  é um caso de ação incisiva, modelo cada vez mais presente. 

Como sobreviver e prosperar em meio a tantas estratégias possíveis, em confronto com as estratégias utilizadas pela concorrência? Como selecionar o melhor caminho? 

Equilibrar tradição e renovação

O novo é sempre  bom? O antigo deve ser descartado? Quanto tempo temos para nos antecipar ao futuro e prepará-lo antes de  sermos esmagados pela força das novidades e da concorrência?

Esses são dilemas do Marketing. Como atuar no presente, considerando o passado que ainda persiste, e, ao mesmo tempo, antecipar o futuro? 

Esse texto foi originalmente desenvolvido por Flavia Valentim – CEO Vínculo Comunicação e MKT Digital.