Para a física, a corrente elétrica é definida como um fluxo ordenado de cargas elétricas. Atualmente, ela é usada como a fonte de alimentação principal de uma série de objetos usados de maneira cotidiana por boa parte das pessoas, como eletrodomésticos e baterias.

Da mesma forma, ela é cada vez mais usada em diversos componentes de automóveis, como a injeção eletrônica, travas e vidros elétricos.

Apesar de sua importância e do uso altamente disseminado de material eletrico, poucas pessoas sabem como ela realmente funciona, ou as adequações que ela sofre para que proporcione condições ideais de funcionamento ao do equipamento. Conheça um pouco mais no decorrer deste artigo.

Existem vários tipos de corrente elétrica

As correntes elétricas têm muitas variáveis que as distinguem umas das outras. Entre estes fatores, estão:

  • O sentido;

  • A intensidade;

  • O grau de estabilidade;

  • Se ela é contínua ou alternada.

Vale ressaltar que as características assumidas por ela nem sempre são as ideais para o funcionamento de certos equipamentos eletrônicos.

Por exemplo, as correntes que circulam pelo sistema de distribuição de eletricidade no Brasil são instáveis, o que pode prejudicar certos equipamentos, bem como reduzir a sua vida útil.

Por conta disso, pode ser preciso usar um transformador de corrente para resolver o problema. A boa notícia é que tais itens costumam estar presentes dentro dos próprios eletrônicos, de modo a protegê-los de danos.

No caso do Brasil, outra característica é o fato de que a voltagem das correntes da rede de distribuição variam conforme a região, ou mesmo dentro da mesma cidade.

Isso significa que certos equipamentos podem ficar sobrecarregados e outros, ainda, podem não receber energia o suficiente para funcionarem. Por conta disso, pode ser preciso usar um transformador 110 para 220 ou vice versa.

A condutibilidade dos materiais varia

Para que um equipamento movido a eletricidade funcione bem, a energia tem que chegar a todos os setores onde ela é necessária. Por conta disso, os profissionais responsáveis por projetá-los usam materiais que funcionem como condutores elétricos.

Estes elementos têm em comum a característica de possuírem núcleos atômicos pequenos, facilitando a passagem dos elétrons que formam as correntes elétricas. Normalmente, trata-se de metais.

Dentro desse grupo há, ainda, uma subcategoria: os chamados supercondutores. O termo se refere a materiais cuja capacidade de conduzir eletricidade é ainda mais marcante, como o alumínio e o estanho.

No espectro oposto estão os itens conhecidos como isolantes térmicos. Como seu próprio nome diz, seu núcleo atômico robusto dificulta a circulação dos elétrons, e, consequentemente, das correntes elétricas.

Por conta disso, eles costumam ser empregados na fabricação de objetos de segurança para a manipulação de fios e cabos, como luvas e botas de borracha.

Há, entretanto, uma terceira categoria: os semicondutores. Posicionados entre ambos os extremos, eles também são dotados da capacidade de conduzir correntes elétricas, mas ela varia conforme as condições às quais a substância é submetida. É o caso do silício e do germânio, que, por conta disso, são muito usados na fabricação de eletrônicos.

Ela tem aplicações no corpo humano

Por mais que a eletricidade costume ser associada a aparatos eletrônicos, ela está presente de forma natural em nosso corpo. A diferença é que, nesse caso, ela é tratada pelo termo bioeletricidade.

Trata-se da corrente que aparece quando uma pessoa se submete a exames como o eletrocardiograma, que monitora o funcionamento do coração.

Ela só é capaz de circular corretamente pois 60% do organismo humano é formado por uma solução salina – em outras palavras, água e sal, ou seja, soro fisiológico. Ela atua como eletrocondutora, permitindo que a bioeletricidade chegue aos locais onde é necessária.

Apesar disso, até o momento não foi possível usar esta energia para abastecer máquinas eletrônicas: cientistas já fizeram uma série de experimentos nesse sentido, mas não conseguiram produzir uma corrente intensa o suficiente para servir de fonte de alimentação para tais aparatos.

Além disso, o fato de a eletricidade estar naturalmente presente no corpo humano não significa que ela não seja perigosa: choques elétricas podem causar dores, ferimentos e, em casos mais graves, levar ao falecimento da vítima.

Portanto, ao manipular circuitos é importante fazer uso de equipamentos compostos por materiais que servem de isolantes elétricos, como a borracha, o isopor, o vidro e a cerâmica.

Desta maneira, em caso de descarga acidental, os elétrons não conseguirão chegar ao organismo.