A usinagem sempre apresentou uma gama bastante variada de segmentos que consomem e até dependem de sua produção de peças e partes fornecidas como matéria-prima.

Essa variedade oscila entre os seguintes setores:

  • O da indústria petrolífera;
  • O da indústria armamentista;
  • O da área da medicina;
  • O da área farmacêutica;
  • O da tecnologia aeroespacial, etc.

No entanto, se existe um segmento que se relaciona com ela de modo especial e mais dinâmico que os demais, esse segmento é o da usinagem de peças automotivas.

Em termos práticos, a usinagem nada mais é que a indústria das máquinas que desenham e dão forma ao metal, ao plástico e até à madeira. Naturalmente, a demanda que um veículo tem por peças feitas em metal e em plástico é enorme.

Ademais, não é raro ver os veículos terem demanda por madeira, especialmente quando se trata de modelos antigos, conhecidos como vintage. Esse exemplo ficará claro adiante, por tratar-se de um estudo bastante ilustrativo.

Carros: o novo e o velho na usinagem

Antes de falar sobre os avanços tecnológicos da usinagem de peças, é interessante mostrar como essas novas tecnologias ligadas à computação e à comunicação a distância (internet) não são totalmente estranhas ao passado.

No setor automotivo, como é sabido, os entusiastas de carros antigos muitas vezes encontram uma situação em que a peça de que precisam para um modelo de carro não é mais fabricada.

Há várias empresas de usinagem que não só têm paixão por carros antigos, mas também são capazes de fornecer vários serviços a colecionadores e, sobretudo, àqueles que restauram os veículos antigos, construindo peças do zero.

Uma tecnologia que ajuda nisso é um software de computador que auxilia no design de peças, partes e equipamentos de várias áreas, tais como:

  • Topografia;
  • Geologia;
  • Engenharia;
  • Arquitetura;
  • Automobilística, etc.

Neste último caso, uma das funções do programa acaba se mostrando insubstituível, sobretudo quando o assunto é vintage e carros antigos. Para as peças realmente difíceis de encontrar, as empresas que usam o software oferecem a “engenharia reversa”.

Essa tecnologia nada mais faz que redesenhar uma peça com base nas outras peças que a ela se conectam ou conectavam.

Assim, mesmo que o carro tenha perdido a peça e ela seja difícil de encontrar, é possível reconstituí-la no computador e depois usiná-la na matéria-prima de que era feita, seja metal ou plástico, seja madeira (a qual era comum em carros antigos).

Maquinário e serviços de usinagem

Um avanço como o referido acima seria impensável sem o conceito ou prática dos serviços de usinagem cnc. A sigla CNC, por sua vez, significa Computer Numeric Control. Em tradução livre, significa Controle Numérico por Computador.

A usinagem evoluiu das fundições e metalúrgicas antigas. Mas foi ao integrar a tecnologia da informática com ela que as possibilidades desse ramo passaram a evoluir de modo tão agressivo.

O maquinário da usinagem em geral continua sendo praticamente o mesmo:

  • O de fresamento;
  • O de brochamento;
  • O da eletroerosão;
  • O de serramento;
  • O do aplainamento;
  • O de torneamento, etc.

O que muda é que todas essas máquinas passaram a atuar por meio da tecnologia e da informática. No caso do torneamento, por exemplo, o serviço de torno CNC passou a contar com vários softwares e mecanismos inovadores.

Mais do que softwares: uma fresadora cnc, por exemplo, por estar integrada na automação permitia pela TI (Tecnologia da Informação), integra-se também com o sistema de redes.

Assim, hoje um engenheiro ou projetista da área conta com todo um pátio industrial ou unidade fabril conectado à internet. De tal modo que as máquinas contam com Bluetooth e Wi-fi, permitindo que os comandos sejam dados a distância.

Usinagem e sustentabilidade

Com esse avanço tecnológico na área de softwares e sistemas, veio também um avanço na parte de hardware, que seria, justamente, a parte física da usinagem, isto é, a de ferramentas para usinagem.

Hoje a fabricação de componentes de força da área é impulsionada por valores universais, como:

  • A economia na fabricação;
  • A alta qualidade das peças;
  • A otimização do tempo empregado;
  • A integração tecnológica;
  • A segurança do trabalho, etc.

No caso dos automóveis, por exemplo, um centro de usinagem não pode focar apenas na manufatura das peças. Ele precisa investir na confiabilidade do produto final, mostrar que ele resultará na maior eficiência de combustível, por exemplo, e até mesmo na redução da poluição do meio ambiente.

De fato, a evolução tecnológica trouxe a usinagem a requisitos exigentes de controle de qualidade em todo o processo de fabricação. Isso mesmo em alguns sentidos mais amplos, como os de cunho social e civil.