A história das escadas aponta seu início há 4000 anos, usadas em construções egípcias e hebréias, porém é provável que escadas de cordas tenham existido há mais tempo, considerando a idade das construções egípcias, e os relatos das suas navegações.

Há registros de que os egípcios já praticassem navegação a vela há mais de 5000 anos, o que significa que no mínimo deveriam dispor de cordas para subir em mastros, quando fosse necessário.

Escadas auxiliares

Também no tocante a andaimes a história retrocede até 5000 anos atrás, mas somente no século XIX se teve notícia de andaimes construídos em perfis metálicos.

O fato é que esse tipo de andaime tem total afinidade com escada metálica industrial.

Escadas industriais devem oferecer:

  • Leveza;
  • Mobilidade;
  • Robustez;
  • Segurança.

Normalização

Escadas portáteis (ou móveis) já se tornaram objeto de normalização, devendo ser expostas a testes específicos, e caso venha a ser exigido, ser certificadas junto a órgãos competentes.

Alumínio

Sempre participantes de atividades de armazenagem e de transporte de insumos, as escadas profissionais ganharam em leveza com a descoberta do Alumínio, em 1825, por Oersted.

Abundante na crosta terrestre, o Alumínio é notavelmente leve, apresentando densidade de 2,7 g/cm³, o que equivale a ⅓ da densidade do Ferro.

A partir de uma espessura mínima, chega a interpor resistência mecânica similar à do Ferro, viabilizando assim escadas resistentes, embora mais leves e mais fáceis de manobrar que as de Ferro ou as de madeira.

Pouco sujeito a corrosão, o Alumínio tem boa condutividade elétrica, tendo sido eleito como o sucessor do cobre na fabricação de cabos elétricos, principalmente os de transmissão de energia, onde reduzem as forças normais a que os lances de cabos são sujeitos.

A boa condutividade térmica torna o Alumínio um dos materiais preferidos para a confecção de dissipadores de calor, componente usado frequentemente em microprocessadores e microcomputadores. Um detalhe interessante é que a densidade do Cobre é superior à do Ferro.

Escadas para manutenção

Escadas podem ser simples, como é o caso das usadas em farmácias e lojas de varejo. Vale algo semelhante, por exemplo, para escadas usadas em interior de navios cargueiros, ou escadas de acesso a torres de transmissão de RF: são escadas de permanência temporária.

No entanto, surgiram novas necessidades tecnológicas: em aplicações onde andaimes não têm condição de atender, surgiu a necessidade da escada plataforma industrial.

A plataforma é um patamar onde um profissional de produção (ou de manutenção, ou de inspeção) pode subir, depois descer ao solo sem restrições, e retornar novamente com equipamentos ou componentes.

Pode trabalhar em pé ou apoiado sobre uma banqueta, e montar sobre a plataforma uma mesa dobrável, para apoio de instrumentos e ferramentas.

Para trabalhos em alturas acima de dois metros, torna se essencial a escada plataforma com guarda corpo, inclusive para os degraus.

Mobilidade

De qualquer modo, com ou sem guarda-corpo, essas escadas dependem de mobilidade: devem possuir rodas, das quais duas podem ser casters, (rodas livres para girar em torno de eixo vertical excêntrico, possibilitando alinhamento com a direção e o sentido na qual a escada estiver sendo impelida).

Eventualmente, caso existam, as demais rodas podem ser casters, para simplificar o ajuste fino da posição, e facilitar o tráfego em locais estreitos, proporcionando dirigibilidade independente do lado pelo qual estiver sendo impelida a escada.

Em todo caso, uma escada industrial com guarda corpo (e mesmo sem guarda corpo) deve ter freio de estacionamento em todas as rodas.

Leveza

Mesmo embarcadas sobre rodas, as escadas industriais devem ser leves, para que possam ser impelidas, na medida do possível, por um único funcionário. Para tanto, é essencial que sejam construídas em liga de Alumínio.

Um conceito trazido da Resistência dos Materiais informa que barras maciças e barras tubulares têm tolerâncias semelhantes a flexões e a torções, pois estes limites são proporcionais ao momento de inércia da secção transversal, vazada ou não.

Esta concepção possibilitou fabricar estruturas muito mais leves; é também o caso de uma escada plataforma preço se apresenta mais acessível, inclusive no tangente a custo de fretes. Escadas são sempre ambientes que exigem cautela.

Não à toa, o Ministério do Trabalho dedicou a NR-35 ao tema Trabalho em Altura. Trafegar sobre degraus é por si um ato que exige atenção, e o uso de corrimãos (os guarda-corpos podem cumprir esse papel).

Todo o cuidado durante a permanência sobre a plataforma é essencial. Havendo a alternativa para a fixação, um cinto (do tipo usado por eletricitários) se torna um EPI conveniente, assim como um capacete, afinal, objetos também caem sobre plataformas.